domingo, 17 de fevereiro de 2013

Como organizar aulas para turmas mistas e atender as necessidades de suas alunas


Oi meninas

Nossa conversa dessa semana é sobre a diversidade em sala de aula no que diz respeito a bagagem ou não que cada aluna carrega sobre a dança do ventre. A princípio é necessário frisar algo importantes: a aula é em escola de dança? A escola de dança já tem um projeto pedagógico a seguir?
Se você vai lecionar em uma escola de dança é preciso saber a princípio se ela tem um projeto pedagógico que norteia os estudos e estrutura os níveis e finalidades das turmas por exemplo.  Se ela estrutura as turmas por iniciante, intermediário, avançado, qual a duração de cada nível citado e o que deve ser lecionado em cada etapa do aprendizado.
Um outro fator que pode conduzir suas aulas é se a escola de dança promove um espetáculo temático anualmente como é o caso aqui em Aracaju/SE. Logo no início do ano sabemos qual temática será trabalhada pela escola e aí então apresentamos nosso planejamento já visando o espetáculo, as etapas de aprendizado citadas acima sempre respeitando os limites dos nossos alunos. No ano de 2012 nosso tema no Talibah Centro de Dança foi "O Descobrimento do Brasil em Dança e Prosa" e minhas alunas representaram as águas cristalinas da terra de Vera Cruz;  Já na Academia Sergipana de Ballet o tema foi Baependi, um naufrágio que ocorreu na costa sergipana e a proposta era ter um único número de dança do ventre; ou seja,  eu tinha uma turma com níveis diferentes, mas elaborei uma coreografia que atendesse a todas. Foi difícil, mas com estudo e mutio trabalho consegui.
 
                                               Talibah Centro de Dança
 
 
 

Academia Sergipana de Ballet
 
Mas mesmo obtendo essas informações e nos programando para a sala de aula, o planejado pode não sair como pensamos. Isso é uma realidade. A sala de aula às vezes é uma caixinha de surpresas: situações inesperadas, questionamentos surpreendentes, e sempre nos deparamos com turmas mistas. Trato de turma mista como uma turma composta por alunas em diferentes níveis ou etapas, como mencionei acima.
Mesmo que a escola tenha uma ficha de inscrição que organize as turmas por nível e objetivos individuais de suas alunas, sempre existem alunas que preferem ficar junto com as amigas, fazer aula com determinada professora, por motivo de trabalho, por ter uma agenda que somente aquele horário se encaixa; e a escola não pode impor à aluna determinada turma, pode orientar e esclarecer o motivo de tal orientação. Mas às vezes não há como.

Assim, como trabalhar com níveis diferenciados?

O ideal é organizar a aula de forma acessível a todas. Eu sempre busco fazer uma experimental pra sentir a turma e nesse momento já vou anotando o que já sabem, o que é necessário trabalhar e introduzir a proposta da escola no contexto das aulas.  Sempre puxando e incentivando as alunas mais iniciantes para acelerar a turma e não desacelerar as que têm mais facilidade ou maior bagagem em dança.
Para isso estudar é sempre o essencial. Buscar ler livros, revistas e artigos que tratem não somente da dança do ventre, mas de educação. Essas leituras podem auxiliar no planejamento da aula, na didática em sala de aula e para compreender melhor os anseios dos alunos e a diversidade em sala de aula. 
Espero que tenha ajudado um pouco vocês meninas. Esta experiência que estou passando com minhas turmas.
 
"Permita-se Ser Feliz...Dance"
 
Bjinssss
Li.

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Sábado de carnaval com muita Dança do ventre

Oi meninas
 
       O texto deste fim de semana é a respeito das aulas de dança do ventre e os feriadões. Como iniciar uma turma em pleno sábado de carnaval? Como atrair as alunas para a sala de aula?
       Pois bem, vejam só o que eu fiz e deu certo. Nos dias anteriores entrei em contato com as alunas a respeito das aulas, depois postei algumas fotos nas redes sociais instigando-as a quererem saber do que se tratava. Sempre uma foto, uma dica e um estímulo de um esquenta para carnaval.
       Assim chegamos ao sábado, e lá estavam elas, curiosas, loucas para saber o que eu tinha preparado para a aula. Começamos com a estrutura da aula de rotina, relembrando movimentos e aquecendo o corpo. Já nos 15 minutos finais, parei a aula e entreguei a cada aluna uma máscara confeccionada por mim mesma e adereços para pularmos o nosso carnaval.
       Nossa, foi contagiante ver o olhar delas a cada máscara desvendada, a cada adereço encontrado. Era como se tivessem voltado a infância. Todas queriam estar enfeitadas e arrumadas como se fosse para um bloco de carnaval.
       Posso dizer que elas adoraram a ideia. Para completar, fizemos uma sequencia de shimmie, oitos e deslocamentos ao som de Naldo com "Vodka ou água de coco" e ao som de Ivete "Dançando". Foi muito divertido e estimulante, pois como trabalho muito o "ouvido" delas para escutar os detalhes musicais, elas iam conseguindo identificar a percussão na música da Ivete.
 
E a felicidade de escutar o que cada uma espontaneamente falou quando a aula terminou:
 
"Estava ontem dançando arrocha, quando vi tava fazendo os oitos (risos)". Joseane Barbosa.
"Estava numa festa e de repente me peguei fazendo shimmie ao som da música que tocava". Laura Gouveia.
"Aula muito boa, muito divertida. Liana, você se molhou ou é suor (risos)" Andrea Bomfim.
"Tia Liana que divertido, adorei". Mayana Francisco.
 
 
Muito Obrigada meninas. Vocês deixaram meu início de carnaval mais divertido e alegre.
Adoro estar com vocês. Até a próxima aula.

"Permita-se Ser Feliz...Dance"
 
Bjinssss
Liana Matos.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Aula Aberta no Talibah Centro de Dança

Oi meninas
 
 
     Ontem, 31.01.2013, ministrei aula no Talibah Centro de Dança. Uma aula aberta, experimental, para mostrarmos nosso trabalho. Foi muito gratificante estar com uma turma tão animada e motivada para aprender ou reforçar algum conhecimento prévio.
     Todas estavam na expectativa em conhecer a professora e o qual era a temática a ser abordada. e ao adentrar a sala com um bastão e uma bengala os olhinhos de todas brilharam. O que vamos fazer com aquele instrumento?
     E assim começamos a aula, com uma boa conversa introdutória sobre o Said. O Said nada mais é que o retrato de uma comunidade, uma dança folclórica que apresenta costumes e hábitos de vida cotidiana. O Said é um ritmo de compasso 4/4. Este nome é devido  ao local que o ritmo se originou, no Egito. 
     Dançar Said é dançar com emoção, quadril bem solto e esbanjar alegria. Sua marção pode ser transcrita da seguinte forma:
 
 DUM TAK DUM DUM TAK
 
      Em sala de aula sempre utilizo o snuj ou o pandeiro para trabalhar a audição do ritmo com as alunas já que as vezes as músicas contem muitos instrumentos, sons, vozes que difucltam a escuta do ritmo base. Um instrumento que caracteriza esse ritmo é uma flautinha chamada mizmar. Ela tem um som de besourinho.kkkkk. Demarca que naquele momento a bailarina execute moviemntos que remetam às comunidades que vivenciam essa manifestação, como alguns saltos específicos.
     É importante a bailarina conhecer os ritmos árabes, pois se numa  apresentação de uma rotina árabe ou mais conhecida como música cássica (aquela que contem vários ritmos numa mesma composição) surgir um novo ritmo, a bailarina o reconhecendo faciliárá na execução de movimentos improvisados, por exemplo. E também mostra que ela vem estudando progressivamente.
     De forma simplificada, dançar o Said é deixar a música contagiar seu corpo e transceder em passos e movimentos. Para além da técnica, dos DUNs e TAKS, a dança Said é uma expressão da felicidade dos povos que congregam as mesmas características.

"Permita-se Ser Feliz...Dance"
 
 Bjinss
Li
 
Posso dizer que ontem foi um fim de quinta-feira maravilhoso.